quarta-feira, 23 de outubro de 2019

67-PORTO À DERIVA

67-PORTO À DERIVA

Teu olhar ludibria a brisa mais tênue da razão
No minuto em que some a multidão
Anestesia a dor da solidão
És fantasia dos meus sonhos mais profundos

A mais linda poesia de poeira cósmica na explosão da supernova
Maresia de mil mundos
Holocausto na foz do sistema límbico
Terremoto do lóbulo temporal

Aparelho que deixa o parietal em parafuso
Curas e causas arritmias 
Teu abraço traz paz enluarada
Teu corpo é porto à deriva

Em teu rosto minha mente faz morada
Incerta jornada no mar da fascinação

Ateu Poeta
18/7/2012

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