117-MORDAÇA
À tua mordaça padeço
A um terço de quase vida
Poesia que morre em berço
Poeta, empalideço
Sofrida arte sem retorno
Entorno a caneta sem pena
Entorto a letra maldita
Depois de aberta ferida
Com ferro fere e queima
Cada artista tem seu papel
É menestrel no quartel devido
Meus olhos de vidro não se haverão
À escuridão já não se olvida
Ouve-se o que não existe
Haverá em torno?
Ateu Poeta
02/04/2011
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