sexta-feira, 25 de outubro de 2019

117-MORDAÇA

117-MORDAÇA

À tua mordaça padeço
A um terço de quase vida
Poesia que morre em berço
Poeta, empalideço 
Sofrida arte sem retorno 
Entorno a caneta sem pena 
Entorto a letra maldita 
Depois de aberta ferida 
Com ferro fere e queima 
Cada artista tem seu papel 
É menestrel no quartel devido 
Meus olhos de vidro não se haverão 
À escuridão já não se olvida 
Ouve-se o que não existe 
Haverá em torno?

Ateu Poeta
02/04/2011

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