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137-MIL DIAS
Não, eu não te amo
Só quero viver a teu lado
Sonho calado
De cada um dos mortais
A imortalidade, se existir, é propriedade do Universo
Mas quero fingir neste verso
Que se abriram os portais
Não somos frialdade
Estamos imortais
Último segundo de lealdade
Não, eu não te amo
Pois todo amor é prisão
Temos que ser livres
Que as dores cicatrizam
Viva, não se prive
Neste mero livro de neve
Ninguém se atreve
A desvendar a charada da composição fractal
Calibre teatral de muitas libras
Ancestral descrito em gestos da LIBRAS
Não, eu já disse
Não peças jura
Tanto empenho na tortura
Três peças no xadrez da usura
De um jogo sem lógica
Só quem ganha é Thanátos
Nem a qui nem na Bélgica
Se com sangue se banha
Neste último ato
Sou ator do desacato
Em batalhas gladiais
A vida é de fato uma fagulha
Não há fadas, só agulha
A penetrar n'armadura
Vamos ver quanto dura
Essa tua paixão
Vou te contar um segredo
Já nem mais tenho chão
Detenho asas de Eros
Vou voar por mil dias
Ateu Poeta
05/02/2009
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