sexta-feira, 25 de outubro de 2019

158-LÁBIOS DE GOTÍCULAS

Noite nublada em serenatas de partículas
Manto negro enluarado pelo beijo gelado da chuva tempestuosa
Nebulosa mnemônica de segredos belos
Ventania fabulosa de cabelos
Orvalhos falho de moléculas labirínticas
Xamã saudosista chama abraços esquecidos
Chama víride envidraça-me a face das pupilas
A idiossincrasia de um toque labial desarmoniza a espiral do pensamento expressionista
Estou alado de gotículas sob o geográfico
Céu das incógnitas filamentais
Náufrago tonto no oceano dos dilemas fundamentais
Aceito no clã dos serafins elementais
Moro na matrix que Sarrus desinventou
Colho as estrelas bilaquianas de Olavo
Lavo o sonho de alicinos coelhos com teias maravilhosas de elétrons
Magneto Anjo Aquífero trajando armadura fabricada com notas agudas de Chopin
A luz impressionista de van Gogh me consome e depois se faz sabre
As trevas de Poe modelam-se escudo despoético
Dos chapéus de Rubens construo elmo
Não adianta ser um druida d’arte quando a verdade é servida à la carte
Possuo todas as fraquezas cabíveis ao homem comum
Nunca passei de um mero natural de Homero

Ateu Poeta
03/06/2007

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