sexta-feira, 25 de outubro de 2019

148-ROTINA


Rota: 
Bater sempre
Em tua
Porta

Rota, é a cesta 
Que trago 
De gota 
Em gota

Retilínea 
Afoita
Sobe a saia 
Da garota

Mergulho 
Para 
Emergir 
Orvalhos

Alma em frangalhos
Auréola sem bugalhos
Galhos, cascalhos de aura
Buraco-negro

No estômago d’um mendigo
Supernova da fome
Balas de alucíneo
Burlar empecilhos

Cai na lua de aluá
Morri para me encontrar
Entre reticências roucas
Medo de errar

O Inferno é transparecer
O Céu, te conquistar
_Armando, seu malandro
Que estarás armando

Com tal meandro?
Diz Amalie
Quase sem ar
Ao término da ópera

Sucesso na operação
Fim de uma canção
O deserto da noite me consome
Acho a tal flor

Meu amor some
Presente ignorado
No presente
Tenho um coração ausente

Que 
Me 
Foi 
Roubado...

Ateu Poeta
20/12/04

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