Rota:
Bater sempre
Em tua
Porta
Rota, é a cesta
Que trago
De gota
Em gota
Retilínea
Afoita
Sobe a saia
Da garota
Mergulho
Para
Emergir
Orvalhos
Alma em frangalhos
Auréola sem bugalhos
Galhos, cascalhos de aura
Buraco-negro
No estômago d’um mendigo
Supernova da fome
Balas de alucíneo
Burlar empecilhos
Cai na lua de aluá
Morri para me encontrar
Entre reticências roucas
Medo de errar
O Inferno é transparecer
O Céu, te conquistar
_Armando, seu malandro
Que estarás armando
Com tal meandro?
Diz Amalie
Quase sem ar
Ao término da ópera
Sucesso na operação
Fim de uma canção
O deserto da noite me consome
Acho a tal flor
Meu amor some
Presente ignorado
No presente
Tenho um coração ausente
Que
Me
Foi
Roubado...
Ateu Poeta
20/12/04
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