sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Livo A Flor do Samba

Título do livro: A flor do samba

Gênero: Poesia

CAPA:
Ateu Poeta

Ateu Poet/ Aroldo Historiador/ Amadeu Nuvem

162-ASAS DA REVIRAVOLTA


Volta
Revolta turva
Reviravolta vira voto vivo
Veta a curva
Revira ribalta
Vinga viravolta
Vê além da massa de modelar
Viva a repolítica do ver!
Cego chego
Paralítico ego
Surdo reforma a forma
Mudo aconchego
Sossego a repensar mente
República pública
Id tiro
Retiro partição
Repartição modelo
Partir por ti
Partos da revolução sem pastores
Reparto rotas
Pastores partidos repartidos
Ré, voltas?
Partidas rotas
Start!
Reticências quilombólicas d’art
Essência de passos e repassos sonâmbulos
Perto do paço modelo plumas faiscantes
Desperto o ser inteligível para alçar o abismo do indecifrável
Reta virtual da virtude do compasso angelo-surreal

Ateu Poeta
27/04/2007

161-LA VIRTUDE CROMUS



Nada sem símbolos saberei
A análise cognata gera esperança em melodrama juvenil
Ignorância profunda no advento da razão mais pura
Além do sentir imanente a leis verossímeis
Simbiose aparametral de silício
Reflexos perante complexos anexos à ideologias seculares
Parametafísica dialética sociopolítica
Numismática ideológica do desejo
Quanto pesa o pensamento perenemente incontinente?

Ateu Poeta
2008

160-PIRACEMA

Arte, alopatia sem destino
Retriz, desatino semântico a romper-me lalíngua
Minha mente dói
Mente para acalanto inútil
Acorde soporífero
Idiossincrasia
Sons sapateiam esbelto mar
Piracema
Pindorama
Cassorotiba
Içá 
Cassico
Alçar voo sem titubear


Ateu Poeta
03/10/2007

159-ECO NOTURNO



Olho para o escuro 
Tentando enxergar o invisível que nele se esconde 
E só me surgem os versos Meirelianos 
"Onde?"

Ateu Poeta
11/10/2007

158-LÁBIOS DE GOTÍCULAS

Noite nublada em serenatas de partículas
Manto negro enluarado pelo beijo gelado da chuva tempestuosa
Nebulosa mnemônica de segredos belos
Ventania fabulosa de cabelos
Orvalhos falho de moléculas labirínticas
Xamã saudosista chama abraços esquecidos
Chama víride envidraça-me a face das pupilas
A idiossincrasia de um toque labial desarmoniza a espiral do pensamento expressionista
Estou alado de gotículas sob o geográfico
Céu das incógnitas filamentais
Náufrago tonto no oceano dos dilemas fundamentais
Aceito no clã dos serafins elementais
Moro na matrix que Sarrus desinventou
Colho as estrelas bilaquianas de Olavo
Lavo o sonho de alicinos coelhos com teias maravilhosas de elétrons
Magneto Anjo Aquífero trajando armadura fabricada com notas agudas de Chopin
A luz impressionista de van Gogh me consome e depois se faz sabre
As trevas de Poe modelam-se escudo despoético
Dos chapéus de Rubens construo elmo
Não adianta ser um druida d’arte quando a verdade é servida à la carte
Possuo todas as fraquezas cabíveis ao homem comum
Nunca passei de um mero natural de Homero

Ateu Poeta
03/06/2007

157-SABRE


Leio o mundo sambista de Zé Keti
Na vibrante voz de Negra Lee
Tomas Farkas revidente
Safíricas íris de Fernanda 
No revés dum maxixe
Andante nontropo con grazia em pianíssimo
Allegro saxofônico
Agoreios na simulação pitangueira do frevo
Allos menstréis nas reminiscências de Caimmy
Alegorias do imortal Bezerra
Son et lumière
Boêmio bandolim traduz o sentido da serenata indizível
Arlequim toca lira com floreios digitais
Dó maior eletrônico
Raio de arraia no cais
Tênues tentáculos de estrela-sol


Ateu Poeta
21/05/2007